Estima-se que a constituição da paróquia valboense seja anterior à fundação nacional, sendo que o terreno e padroado da Igreja de São Veríssimo é conhecida, pelo menos desde o século XII estimando-se assim que a mesma tenha surgido no âmbito privado. Contudo, desde estes tempos que o padroado da Igreja de São Veríssimo pertencia à Sé do Porto, facto que se mantém até aos dias actuais.

A tradição popular estima que a primeira matriz da freguesia tenha sido a Capela de S. Roque, no lugar homónimo. Sabe-se que o seu padroado estava entregue aos fregueses de Valbom e que terá sido utilizada até finais do século XVII.

 

Mas nem sempre assim foi. Sabe-se que por volta do ano de 1623 a paróquia de Valbom pertencera à comarca eclesiástica de Penafiel, permanecendo assim até 15 de junho de 1916, data em que são criadas as vigararias na qual Valbom se alicerça na de Gondomar permanecendo até aos dias de hoje.

Ao longo do território valboense foram sendo construídas várias capelas de foro privado (originárias de comerciantes portuenses que detinham certos terrenos na freguesia). De todas as capelas restam apenas 3: a capela de São Pedro situada no monte do Casqueiro (junto ao lugar da Ribeira do Abade), a capela da Lagoa situada no lugar da Lagoa e a capela de São Roque (que sempre esteve nas mãos das gentes de Valbom, sendo durante muito tempo a matriz da paróquia).

Com crescimento da população de Valbom, a capela de São Roque deixa de prover as necessidades eucarísticas, dando aval a um projecto de construção de uma igreja junto ao campo do passal (ficando mais próxima do rio), que na altura era propriedade do pároco. Assim nasce a Igreja Matriz, entre 1755 e 1758, no lugar onde permanece até hoje, sofrendo melhorias ao nível das infraestruturas ao longo do tempo.

Fonte consultada: São Veríssimo de Valbom: Um museu de arte religiosa/ Vol.I

Autor: Rosa Marques

Data Publicação: 2013